terça-feira, 1 de abril de 2014

A Cor da Alma


Reverencio a tez de breu
que envolve teu corpo
dengoso
jeitoso
gostoso...
Curvo-me diante da tua singular beleza,
que se mistura
e se perde na natureza!
Meigo o teu olhar,
ritmada a tua cadência,
sensual tua indolência...
Que diferença faz a tua cor?
Nada acrescenta a tua essência,
muito se rouba da tua irreverência!
Tudo a comparar nas mesmas medidas
dos teus sonhos,
das tuas feridas...
O que importa a tua cor?
Diminui o tamanho do teu valor?
Que cor teria
a beleza interior?
Uma flor não deixa de ser bela
por ser vermelha, branca ou amarela.
É bela simplesmente porque é flor.
Tua beleza reside dentro de ti
e alma não tem cor!

 (Cleide Canton Garcia)